tag:blogger.com,1999:blog-53247002796122193802024-03-07T18:58:22.281-08:00Portugal e a I Guerra MundialJPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-54278376730201779562016-03-08T15:00:00.000-08:002016-03-08T15:01:12.950-08:00Seminário Internacional: “Entradas na Guerra. A Entrada de Pequenas e Médias Potências na I Guerra Mundial”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-q_8OXTjlsAE/Vt9ZJNUdF4I/AAAAAAAAjbM/E1YkdbADXB8/s1600/IDN_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://4.bp.blogspot.com/-q_8OXTjlsAE/Vt9ZJNUdF4I/AAAAAAAAjbM/E1YkdbADXB8/s640/IDN_2.jpg" width="452" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O Instituto da Defesa Nacional vai realizar no dia 30 de março de 2016, entre as 10h00 e as 16h30, o Seminário Internacional “Entradas na Guerra. A Entrada de Pequenas e Médias Potências na I Guerra Mundial”. </i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>A conferência de abertura tem como conferencista a Professora Annika Mombauer, da Open University (United Kingdom). O Seminário Internacional contará com dois painéis, sendo o primeiro dedicado à entrada e à participação de pequenas potências na 1ª Guerra Mundial (Bélgica, Bulgária e Grécia); e o segundo relativo às diversas “entradas” de Portugal no conflito (diplomática, económica, africana e europeia).</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O Seminário Internacional “Entradas na Guerra. A Entrada de Pequenas e Médias Potências na I Guerra Mundial” terá lugar no Auditório 1 do Instituto da Defesa Nacional, com videoconferência para as instalações do instituto no Porto.</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O seminário visa analisar o quadro internacional do primeiro conflito mundial, principalmente no que respeita à posição das pequenas potências, e enquadrar a situação de Portugal nessa época. Este evento insere-se no projeto de investigação “Pensar Estrategicamente Portugal: A Inserção Internacional das Pequenas e Médias Potências e a Primeira Guerra Mundial”, atualmente desenvolvido pelo Instituto da Defesa Nacional, e que conta com a parceria do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O projeto de investigação, em que se insere este seminário, conta com o apoio da Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da I Guerra Mundial.</i></div>
<br />
<br />
Mais informação <a href="http://www.idn.gov.pt/index.php?mod=008&cod=04032016x2#sthash.Uh2GGxUI.kqteBtGx.dpuf" target="_blank">aqui</a><br />
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-52742609161687273052016-03-08T11:10:00.000-08:002016-03-08T11:10:46.129-08:00Uma excelente entrevista com a historiadora Ana Paula Pires<div style="text-align: justify;">
<b>Portugal oficialmente entrou na Primeira Guerra Mundial a 9 de março de 1916. O que aconteceu nessa data?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aconteceu a declaração de guerra da Alemanha, na sequência da apreensão dos navios de guerra alemães e austríacos que estavam fundeados em portos portugueses desde a entrada da Alemanha na guerra. Portugal resolveu nessa altura, face às dificuldades que tinha nos abastecimentos e no transporte, tomar para si os navios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>É Portugal, então, que tem a ação que desencadeou a guerra?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim. Mas é uma iniciativa escudada pela Grã-Bretanha. Portugal já vinha sendo pressionado desde 1915 no sentido de tomar esses navios. Temos de olhar para o cenário de guerra internacional e era uma altura em que os aliados estavam numa situação complicada na Flandres.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Portugal estava a ser pressionado pelo velho aliado a entrar na guerra?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tanto a entrar na guerra. Era mais para requisitar os navios. Porque no íntimo da diplomacia britânica nunca se pensou que essa tomada de navios pudesse dar numa declaração de guerra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, Portugal já tinha combatido a Alemanha em África.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse é um cenário pouco conhecido e faz impressão às pessoas perceber como é que nós só entrámos na guerra em 1916 se já tínhamos tropas a combater em África. Uma das preocupações da diplomacia republicana foi salvaguardar o património colonial. Há um envio de tropas logo em setembro de 1914.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Estamos a falar do Sul de Angola e do Norte de Moçambique, fronteiriços com colónias alemãs…</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Exatamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Os alemães tinham atacado em África?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não, o que aconteceu foi uma coisa bastante paradigmática e exemplificativa daquilo que foi a política portuguesa. Portugal é o único país envolvido na guerra que tem nesta fase inicial uma declaração de não neutralidade e não beligerância. Portanto não é neutral nem é beligerante. A pedido da aliança britânica, Portugal tinha tido este estatuto ambíguo. Logo nesses meses são enviados militares para Angola e Moçambique porque os territórios, ainda antes da declaração de guerra, já tinham sido alvo de cobiça e de disputa por parte da Grã-Bretanha e da Alemanha. Portanto, o governo português percebeu rapidamente que, se a guerra alastrasse às colónias, os territórios poderiam estar em perigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continua <a href="http://www.noticiasmagazine.pt/2016/uma-colher-de-pau-para-lembrar-as-trincheiras/" target="_blank">aqui</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-70799659601624101672016-03-08T09:00:00.000-08:002016-03-08T09:00:59.923-08:00«Portugal e a Grande Guerra - uma visão geral» em Oliveira de Azeméis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Q-DJ88FfmfA/Vt8En-a-UDI/AAAAAAAAja4/xcGvraso57k/s1600/0075207d9a2fbdb5924d4a89c801da5f_XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://2.bp.blogspot.com/-Q-DJ88FfmfA/Vt8En-a-UDI/AAAAAAAAja4/xcGvraso57k/s640/0075207d9a2fbdb5924d4a89c801da5f_XL.jpg" width="455" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-35534388056050542742016-03-08T08:02:00.003-08:002016-03-08T08:02:57.849-08:00«O Apresamento dos Navios Alemães - Ação Naval e Casus Belli». Uma exposição no Museu da Marinha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-nLgwSa9aOh4/Vt73hNM7eHI/AAAAAAAAjao/hQvQdpjpwYM/s1600/0aeeab488567c6348c13f1cb7c1e6dfa_XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="565" src="https://4.bp.blogspot.com/-nLgwSa9aOh4/Vt73hNM7eHI/AAAAAAAAjao/hQvQdpjpwYM/s640/0aeeab488567c6348c13f1cb7c1e6dfa_XL.jpg" width="640" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-38528173672550644762016-01-11T19:02:00.001-08:002016-01-11T19:32:09.360-08:00A Política e a Diplomacia no Início da Guerra (art. de Martins da Cruz)<div style="text-align: justify;">
Nas vésperas da Grande Guerra, João Chagas era embaixador em Paris. Fora presidente do ministério (primeiro-ministro), ministro do Interior e ministro dos Negócios Estrangeiros nos primeiros anos da República. A 27 de julho de 1914, um dia antes do início do conflito, escrevia no seu Diário: <i>“Anunciam-me que a Inglaterra propõe uma mediação e que a França se associa a esta diligência. Mas anunciaram-me, também, que as hostilidades da Áustria contra a Sérvia começariam amanhã. Se for assim, é o déclenchement. É a guerra geral, é o fim do mundo.”</i> (Diário de João Chagas, Vol. I, p. 111, 2.ª edição, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1930).</div>
<div style="text-align: justify;">
E foi o fim de um mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Há quem diga que o século XX começou em 1914 e terminou em 1989, com a queda do muro de Berlim e a implosão do império soviético. Teria sido, assim, o século mais curto da história da humanidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
A diplomacia e, em especial, a história diplomática permitem vários ângulos de análise do passado. Dois são mais importantes:<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
– Os filtros políticos e diplomáticos atuais, o que pode levar a comparações interessantes;<br />
– Os critérios da época que se analisa e com as informações e os métodos de intervenção políticos e diplomáticos da altura. Ambos são legítimos. Vejamos como eram a política e a diplomacia no início da Guerra, utilizando os critérios de época sem, contudo, os cristalizar.<br />
Em 1914, o mundo era dominado pela Europa:<br />
– Na demografia: 25% da população mundial era europeia; 40 milhões de europeus tinham emigrado nas últimas décadas; e só em 1913, um milhão e 350 mil europeus tinham saído da Europa, sobretudos para os Estados Unidos da América;<br />
– Na expansão imperial: os impérios inglês, francês, português, belga, alemão e italiano somavam 500 milhões de habitantes e expandiram-se por todos os continentes, sobretudo na África e na Ásia, para além da influência espanhola nas Américas;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Na economia e na produção industrial: embora sem grandes reservas de matérias-primas, a Europa detinha 52% da produção industrial mundial, sobretudo na metalurgia (60%) e no têxtil (70%);</div>
<div style="text-align: justify;">
– No comércio internacional, com 61% do total;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Nos transportes: a marinha mercante europeia representava 85% da tonelagem mundial;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Nas finanças: a Inglaterra, a França e a Alemanha eram os principais exportadores de capital;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Na ciência e na tecnologia, que se refletiram nos avanços no domínio militar, no military build up;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Na expansão religiosa: as missões católicas no mundo tinham 16 000 membros, as protestantes 8000;</div>
<div style="text-align: justify;">
– Na cultura, com o vanguardismo, a pintura e a literatura, além da difusão das ideias políticas e de expansão intelectual que, na perceção dos outros povos, equipavam a Europa à civilização. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O destino do mundo era ainda europeizar-se ou ocidentalizar-se. O que está longe de ser o caso nos dias de hoje. Por outro lado, os principais países europeus eram democracias mais ou menos estabilizadas, e, apesar dos tiques imperiais, que veremos quanto ao decision making power, os parlamentos tinham um papel importante na governação. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Europa era um continente próspero no seu conjunto, embora o Produto Interno Bruto (PIB) francês fosse menos de metade do norte-americano e o PIB alemão 60% do inglês e metade do canadiano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Numa perspetiva mundial, a presença europeia era determinante em África, na Ásia e na América Latina. </div>
<div style="text-align: justify;">
Com exceção de Libéria e da Etiópia, a Europa colonizava a África, incluindo o Magrebe. </div>
<div style="text-align: justify;">
O continente africano estava dominado por europeus, que controlavam a administração, a segurança e a economia. A Europa Ocidental era o destino de 83% das exportações africanas e representava 72% das importações. O comércio dos Estados Unidos com a África era inferior a 5% do total. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Alemanha tinha uma presença reduzida em África, que queria mais robusta. O governo inglês, num acordo secreto de outubro de 1913, repartiu zonas de influência com os alemães à custa de parte das colónias portuguesas de Moçambique e de Angola e, ainda, do Congo Belga. Este acordo nunca viria a ser ratificado por oposição da França. E ainda hoje não há certeza de que os governos portugueses da época tenham sabido do seu conteúdo exato. </div>
<div style="text-align: justify;">
Também na Ásia, os interesses europeus eram dominantes. A única exceção era o Japão que derrotaria a Rússia em 1905, na primeira vitória de um Estado asiático sobre uma potência europeia, e que ocupara a Coreia e a Manchúria. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Europa dominava de uma ou outra forma o resto da Ásia, que já na altura tinha metade da população mundial. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Índia, com 315 milhões de habitantes, pertencia à administração inglesa. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Indochina era partilhada por ingleses e franceses. O império colonial holandês, construído em grande parte à custa do antigo império português do oriente, tinha 50 milhões de habitantes. E na China, o peso e a influência europeus marcavam o ritmo comercial, industrial e financeiro, nas mãos de grupos europeus que controlavam a débil dinastia manchu e, após 1911, pilotavam a jovem República chinesa. </div>
<div style="text-align: justify;">
A política das esferas de influência tinham trazido para os europeus, sobretudo franceses e ingleses, mas também italianos e alemães, o que restava do império otomano, que perdera os seus territórios europeus e a iniciativa económica e financeira no resto do império. A entrada na guerra de nada lhe valeria, pois ficaria limitado ao que é hoje o território turco. </div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, era na América Latina que a presença e a influência europeias mais se expandiam, nos aspetos económicos, sociais e culturais. A influência de espanhóis, ingleses e italianos na Argentina, de portugueses, ingleses e alemães no Brasil, de alemães no Chile era determinante no plano económico e intelectual. A França também estava presente, especialmente, na cultura e no ensino. </div>
<div style="text-align: justify;">
A Europa tinha transformado a vida política, económica e cultural da América Latina, por vezes, à custa da classe média local, impedindo de certo modo que as elites locais tivessem autonomia e capacidade de decisão em função de interesses nacionais. E os Estados Unidos da América estavam atentos às oportunidades que iriam surgir com a guerra que se adivinhava e que conduziria – como conduziu – a uma perda de influência e sobretudo da presença económica europeia nas Américas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás, os Estados Unidos da América e o Japão eram, em 1914, os únicos concorrentes credíveis da Europa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Com 54 milhões de habitantes, o Japão industrializara-se rapidamente e iniciara uma expansão territorial que iria prosseguir durante a guerra, sobretudo à custa da China. Curiosamente, não são os asiáticos que se opõem a essa expansão, mas europeus e americanos que procuram limitar a zona de influência japonesa. </div>
<div style="text-align: justify;">
Com quase 100 milhões de habitantes, os Estados Unidos da América já tinham uma população superior a todos os países europeus em 1914, com exceção da Rússia. O comércio com a Europa era essencial: 67% das exportações americanas, 47% das importações. Cada vez menos produtos agrícolas, cada vez mais matérias-primas e produtos industriais. A política externa dos Estados Unidos é a primeira a refletir com prioridade nas questões económicas e financeiras, concentrando-se, sobretudo, na América Latina (o pan-americanismo e a doutrina Monroe), e na Ásia (na sequência das anexações no Pacífico e na Ásia Oriental). E com uma relativa distância em relação aos europeus. Começa a despontar, também, a rivalidade entre os Estados Unidos e o Japão no Pacífico e na Ásia, que atingiria o ponto de rutura na II Guerra Mundial. </div>
<div style="text-align: justify;">
A forte presença europeia no mundo, através dos então chamados impérios coloniais, levou mesmo alguns historiadores, neste Centenário da Grande Guerra, a olharem para o conflito na perspetiva desses impérios, analisando não só uma guerra entre europeus que se tornaria mundial, mas a guerra entre impérios. Pelo envolvimento das colónias, pela mobilização das suas populações, pelas consequências no final do conflito. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nesta perspetiva (veja-se, por todos, Impérios em Guerra 1911-1923, org. de Robert Gerwarth e Erez Manela, D. Quixote, Lisboa, 1914) talvez a única em que Portugal aparece num plano de igualdade com os outros países envolvidos, o resultado foi esclarecedor:<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
– A guerra teria acelerado a decadência dos impérios coloniais, que iriam desaparecer no rescaldo da II Guerra Mundial, nas décadas de 60 e 70; </div>
<div style="text-align: justify;">
– Na Grande Guerra, os impérios de países ditos “terrestres” como a Alemanha, a Rússia, a Áustria e mesmo o império otomano iriam desaparecer; </div>
<div style="text-align: justify;">
– Os impérios de países “marítimos”, como a Inglaterra, a França, Portugal, Bélgica e até a Itália e o Japão iriam manter-se e, nalguns casos, aumentar por força dos mandatos da Sociedade das Nações; </div>
<div style="text-align: justify;">
– No Médio-Oriente, a França e a Inglaterra traçariam no pós-guerra as fronteiras que basicamente são as que existem ainda hoje e, como sempre, tal como sucedeu em África na Conferência de Berlim, ignorando etnias, história e religiões. Esta fragmentação teve resultados conhecidos num e noutro caso, infelizmente atuais nos Grandes Lagos em África e com o chamado Estado Islâmico, para só citar estes dois exemplos.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Guerra de 1914-1918 representou, de certa forma, uma rutura com a ordem que reinou na Europa com o Congresso de Viena de 1815. Na reconstrução da Europa após Napoleão, os Tratados de Viena criaram uma nova ordem ou concerto europeu, que previa que as questões que separavam os países ou os eventuais conflitos deveriam ser tratadas pelas potências, através de uma rede de relações diplomáticas bilaterais e por congressos ou conferências internacionais, dando início a fórmulas incipientes mas estabilizadas do que hoje chamamos diplomacia multilateral. </div>
<div style="text-align: justify;">
Este sistema de consultas quase permanente era, sobretudo, pragmático e não normativo. Visava manter os equilíbrios saídos de Viena e evitar novas guerras da amplitude das aventuras de Napoleão. Era facilitado por interesses partilhados pelos Estados europeus da altura, pela aceitação, por todos, de uma civilização e de valores baseados no denominador comum de herança cristã. </div>
<div style="text-align: justify;">
Este equilíbrio foi posto em causa sobretudo pela Alemanha, após a Guerra Franco-Prussiana de 1870, concretamente por Bismark, que começaria a cristalizar o poder na nova Alemanha, através de um sistema de alianças que iria romper as plataformas e os entendimentos que vinham do Congresso de Viena. </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi Bismark e os seus sucessores que estiveram na origem dos dois blocos europeus, a Tripla Aliança e a Entente Cordiale que iriam dividir a Europa. </div>
<div style="text-align: justify;">
A guerra viria a ser, como sempre, o resultado e a convergência no tempo de várias causas, e não apenas deste novo sistema de alianças entre europeus. </div>
<div style="text-align: justify;">
Podemos inventariar algumas:<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
– A construção dos blocos europeus: com a Alemanha e o império austro-húngaro, a que se iria juntar a Itália, a Tripla ou Tríplice Aliança, em 1882, os chamados impérios centrais. </div>
<div style="text-align: justify;">
– A Entente Cordiale, da França e da Inglaterra, em 1904, a que se juntará a Rússia em 1907, para se precaverem contra uma possível guerra. Esta Entente Cordiale é também o resultado do declínio inglês que necessitaria da França para enfrentar a Alemanha. Esta inflexão inglesa iria suscitar legítimos receios portugueses, já que o então equilíbrio peninsular exigia um aliado forte que compensasse Portugal das assimetrias na península, favoráveis como sempre a Espanha. </div>
<div style="text-align: justify;">
– Ao contrário da Tripla Aliança, os países da Entente Cordiale não assumiram nenhum compromisso automático de defesa em caso de guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
– Mas a Europa ficaria dividida em blocos na primeira década do século XX. Ao arrepio do que defendia Clausewitz: “Quem conquista prefere a paz; é sempre melhor invadir sem encontrar resistência.” </div>
<div style="text-align: justify;">
– As desconfianças na Europa e os confrontos além-mar, nos impérios coloniais, foram agravando as tensões e conduziram a um aumento dos efetivos miliares e a uma corrida aos armamentos, quer terrestres, quer navais. A estrutura de forças começou a ser desproporcionada face à realidade e todas as Forças Armadas dos futuros beligerantes, sobretudo a Alemanha, planearam estratégias ofensivas para uma guerra rápida e curta. Por exemplo, a Inglaterra preocupava-se particularmente com o aumento do poderio naval alemão, que, segundo a Royal Navy, iria atingir capacidades para enfrentar as inglesas em 1917. </div>
<div style="text-align: justify;">
– As causas económicas foram igualmente determinantes, já que nelas confluíam os desejos imperiais, a afirmação nacional (hoje diríamos assertiva), o reforço das capacidades militares, a necessidade de manter o crescimento do nível de vida das populações, o acesso às matérias-primas e os interesses geopolíticos da época. </div>
<div style="text-align: justify;">
– A mudança das sociedades, sobretudo em Inglaterra, em França e na Alemanha, na sequência da industrialização e da urbanização, influenciaram e pesaram nos processos de decisão política e nas mobilizações militares. Aliás, esses novos figurinos sociais iriam acentuar-se no decurso da guerra e seriam irreversíveis no futuro, apesar dos retrocessos da Revolução Bolchevique. </div>
<div style="text-align: justify;">
– Os interesses dos Estados foram-se polarizando nas elites político-militares, mas também nas incipientes opiniões públicas, aparecendo a guerra como a solução para os problemas. </div>
<div style="text-align: justify;">
– Os governos começaram a pesar os prós e os contras de um conflito em função dos seus objetivos e interesses nacionais, ou da perceção que tinham desses interesses. </div>
<div style="text-align: justify;">
– Como escreveu Marc Ferro: “Cada um pressentia que estava ameaçado na sua própria existência pelo inimigo hereditário e para todos o conflito obedecia a uma espécie de rito fatal” (La Grande Guerre, 1914-1918, Gallimard, 1969). </div>
<div style="text-align: justify;">
– As posições dos diferentes países eram tributárias de situações anteriores ou de interesses polarizados: </div>
<div style="text-align: justify;">
<ul>
<li>A França desejava, acima de tudo, recuperar a Alsácia e a Lorena, que a Alemanha anexara em 1875; </li>
<li>A Inglaterra queria manter o império e o controlo dos mares, e impedir a Alemanha – que se assumia já como a segunda potência económica europeia – de dominar a Europa e sair para a África;</li>
<li>A Rússia queria sobretudo assegurar, pelo Bósforo, o acesso às “águas quentes”, anular o império otomano e garantir que a Áustria não controlasse os Balcãs; </li>
<li>A Alemanha, com uma indústria cada vez mais forte e uma população animada por um patriotismo profundo, queria garantir influência nos mercados na Europa e no mundo, a que se opunham a França, a Inglaterra e de outra forma a Rússia; e pela parte do imperador Guilherme II, que a partir de 1891 abandonou a política de Bismark e anunciou a Weltpolitik como uma potência à escala mundial;</li>
<li>O império austro-húngaro, um puzzle criado no Congresso de Viena – e onde era sobretudo a máquina administrativa que mantinha a coesão entre populações e nacionalidades distintas – procurava manter presença nos Balcãs e no que é hoje o norte da Itália, e garantir a estabilidade do império; </li>
<li>O reforço do nacionalismo nos Balcãs e também noutras regiões da Europa seria uma das causas do conflito, bem como as movimentações sociais que iriam dar origem à Revolução de 1917 na Rússia;</li>
<li>Os outros países, entre os quais Portugal, não tinham expressão ou capacidade de influenciar as decisões dos que foram em 1914 os Estados beligerantes. Apenas a Itália, que faria parte da Tripla Aliança, mas ficaria neutra em 1914, queria recuperar território e população de fala italiana do império austríaco, ter liberdade no Mediterrâneo, no Magrebe e uma palavra em África. </li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Refira-se, sucintamente, a importância dos processos de decisão política, sobretudo em política externa, na Europa, antes de 1914. </div>
<div style="text-align: justify;">
Embora os principais Estados já dispusessem de serviços diplomáticos como hoje os entendemos, apenas em França e em Inglaterra os Ministérios dos Negócios Estrangeiros tinham influência no processo de tomada de decisões. Considerando a importância do parlamento (no caso inglês) e do presidente da República (em França), a colaboração institucional funcionava. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já no caso dos impérios alemão, austro-húngaro e russo, o processo de decisão tinha em conta a diplomacia, mas estava polarizado no vértice do Estado, na figura dos imperadores. Como refere um historiador que analisou este tema (Christopher Clark, "Os Sonâmbulos"), «essa instituição antiga e esplendorosa que ligava a sorte de grandes Estados aos caprichos da biologia humana». </div>
<div style="text-align: justify;">
A diplomacia passava, assim, para um segundo plano, embora fosse mantendo a rotina das funções, em detrimento das capacidades de análise e de influência. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nos anos que antecederam a Guerra de 1914-1918, a Europa e o mundo foram assistindo e participando em conflitos localizados e secundários que exprimiam de outra forma os objetivos e os interesses dos atores que se iriam envolver na Grande Guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
Fora da Europa, a guerra entre os Estados Unidos e a Espanha de 1898, que levou à ocupação de Cuba e depois das Filipinas, ditou o fim do império espanhol. Os efeitos das guerras do Japão com a China e com a Rússia, em 1905, prolongar-se-iam até 1940. O primeiro confronto entre ingleses e alemães seria em África, durante a Guerra dos Bóeres, em 1899, onde algumas das táticas militares de 1914-1918 teriam sido iniciadas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na vizinhança europeia, sentiam-se duas tentativas alemãs de controlar Marrocos e de condicionar a França em 1905 e 1911, a invasão italiana do império otomano, em 1911, com a conquista da Líbia e a anexação da Bósnia pela Áustria, em 1908. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mais graves foram os conflitos nos Balcãs e que seriam a causa imediata da Guerra de 1914. Entre 1912 e 1913, os ataques contra o império otomano, e depois contra a Bulgária, viriam a modificar o mapa da região, mas, sobretudo, a exacerbar os nacionalismos internos e a atrair as apetências externas. </div>
<div style="text-align: justify;">
O perímetro desenhado no Congresso de Viena já não garantia a paz na Europa nem os conflitos entre europeus, no resto do mundo. Nos Balcãs, em Sarajevo, o atentado contra o principal herdeiro do império austro-húngaro, em 28 de junho de 1914, é considerado a causa direta da Grande Guerra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar das circunstâncias, houve diversas tentativas no plano diplomático e político para tentar travar a guerra. A Alemanha faria pressão sobre o império austro-húngaro e Paris sobre São Petersburgo, no quadro das alianças construídas. E os ingleses propuseram uma conferência internacional como mecanismo diplomático para aliviar as tensões. </div>
<div style="text-align: justify;">
Provavelmente, foram tentativas com menos convicção, porque todos os atores pensaram que o conflito era incontornável. Mas recusaram, o que ressalta a intransigência alemã e austro-húngara e a vontade em prosseguir o caminho da guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, no plano diplomático, nas vésperas da guerra, <i>“a política externa já está dominada pela situação militar” </i>(Renovin, Histoire des Relations Internationales, Tomo III, p. 317). A perspetiva da guerra condicionava a diplomacia, as finanças, a generalidade das administrações das grandes potências. A guerra era um objetivo político. E os governos, através dos meios diplomáticos e militares, já tinham iniciado políticas de compromisso, por meio de negociações nem sempre fáceis para manter alguma coesão nos blocos, no que chamamos hoje o equilíbrio dos interesses dos países das coligações. Interesses políticos, diplomáticos, mas sobretudo militares. Esta influência militar na decisão política e diplomática é habitual nas vésperas e no início dos conflitos e começa a diluir-se quando os decisores adquirem a perceção de que as soluções vão ser políticas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Portugal não tinha voz internacional neste tabuleiro e o seu único objetivo nesses dias foi encostar-se à Inglaterra. E preocuparse com Espanha, como sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns autores (ver por todos Marc Ferro) sublinham, ainda a justo título, a oposição de alguns dirigentes socialistas europeus à guerra: Jean Jaurès, que viria a ser assassinado antes do conflito, Rosa Luxemburg na Alemanha e a oposição trabalhista em Londres. </div>
<div style="text-align: justify;">
Realizou-se, mesmo, uma reunião do Comité da II Internacional Socialista em Bruxelas, em finais de julho, onde se procuraram soluções diplomáticas. Porém, como diz Marc Ferro, “discutiram mas não atuaram”. </div>
<div style="text-align: justify;">
O ângulo nacionalista superou as convicções ideológicas em França e na Alemanha. E os trabalhistas ingleses entrariam no governo em 1916, em plena guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
Qual era a situação em Portugal? Este tema é objeto de outro tema neste colóquio e não devo, por isso, elaborar sobre ele. Deixo apenas duas constatações:<br />
<ul>
<li>Em política interna, a instabilidade que pautou o início da República; </li>
<li>Em política externa, dificuldades de reconhecimento de um novo regime; dependência da Inglaterra; receios de Espanha. </li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Note-se que, desde a implantação da República até ao início da guerra, Portugal teve sete presidentes do ministério (como então se chamava ao chefe do governo) e outros onze durante a guerra. Passaram por Belém, até 1914, dois presidentes da República e mais seis durante a guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
O número aumenta nos dois ministérios que nos interessam: </div>
<div style="text-align: justify;">
<ul>
<li>Dez ministros do Estrangeiro de 1910 a 1914 e outros 23 durante a guerra; </li>
<li>Seis ministros da Guerra até 1914 e mais 13 durante a guerra. </li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo isso tornou difusa e volátil a decisão e a interlocução em política externa e política de defesa, especialmente quando a política externa era toda elaborada e executada em função de relações bilaterais, dada a inexistência de estruturas europeias multilaterais. Como escreveu Carneiro de Moura no seu livro Portugal e o Tratado de Paz, “andávamos demasiado presos à luta íntima das nossas fatais paixões” (Depois da Guerra, Portugal e o Tratado de Paz, Lisboa 1918, p. 28). </div>
<div style="text-align: justify;">
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freire de Andrade, dois meses depois do início do conflito, escreveu ao embaixador de Londres (cito): </div>
<div style="text-align: justify;">
<i>«Portugal está pouco preparado para a guerra, pois o seu Exército e a Marinha dispõem de poucos recursos. Não se corrigem em pouco tempo deficiências de muitos anos. Financeiramente também a nossa situação não é brilhante, não temos recursos que são indispensáveis em ocasião de crise sobretudo para comprar os navios e o material de guerra que tão necessários nos são em caso de guerra»</i> (Portugal na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Tomo I, MNE, Lisboa 1997, p. 66-68).</div>
<div style="text-align: justify;">
Portugal entra na guerra por várias razões que nos serão, certamente, adiantadas noutro dos temas deste colóquio. Os historiadores concordam geralmente nas três teses – a colonial, a europeia-peninsular e a da legitimação da República – que podem ser convergentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Terminada a guerra, só ganharia a vertente colonial, o que pode explicar o que se seguiu. Aliás, é curiosa a observação de Norman Stone, no seu livro Primeira Guerra Mundial (p. 22): “No final do imperialismo europeu, na década de 1970, o país mais pobre do continente era Portugal, que possuía um enorme império africano, e os mais ricos a Suécia, que abandonara há muito a sua única colónia nas Caraíbas, e a Suíça, que nunca tivera império.” </div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando à Europa, é interessante ver que a estratificação em blocos veio a refletir-se na forma como a guerra se foi estendendo depois de 1914. O conflito começou com cinco beligerantes: as potências centrais da Tripla Aliança, a Alemanha e o império austro-húngaro; e do outro lado, a Entente Cordiale, os aliados, francês, inglês e russo. A Itália, em 1914, declarou a neutralidade e só entraria na guerra no ano seguinte. Depois viriam outros países, que iriam mundializar a guerra: o Japão com os aliados, a Turquia e a Bulgária com a Tripla Aliança, a Itália em 1915 e Portugal e a Roménia em 1916. E, finalmente, os Estados Unidos da América em 1917. Os outros europeus, incluindo a Espanha, permaneceram neutros. </div>
<div style="text-align: justify;">
A guerra não viria a interromper a diplomacia, embora a única verdadeira tentativa de paz fosse uma iniciativa dos Estados Unidos da América, antes da sua entrada na guerra em 1917, menos de um mês após a queda do regime de czares na Rússia. </div>
<div style="text-align: justify;">
O que surpreende na ação diplomática durante os primeiros meses da guerra, além do cuidado em atrair beligerantes pela França e pela Alemanha, dos esforços de contenção do conflito pela Inglaterra e dos equilíbrios de alguns para manter a neutralidade, é o claro desígnio de começar a pensar nas vantagens que se retirariam no final do conflito. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1914, os dois lados acreditavam que a guerra seria rápida, circunscrita à Europa e limitada aos efetivos militares, como tinha sucedido até então nos conflitos europeus. A mundialização, os efeitos colaterais nas populações civis, o uso militar das novas tecnologias e a própria duração do conflito foram fatores que foram sendo acrescentados pelos decisores políticos e militares. Mas não eram previsíveis quando das mobilizações, única fórmula de dissuasão então existente, nem quando do início do conflito. </div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, as diferentes diplomacias, com o modelo do Congresso de Viena presente, iniciam análises e consultas sobre a melhor forma de projetar os interesses nacionais e de recolher vantagens territoriais, económicas, estratégicas e militares no final da guerra. Mais do que pensar numa paz negociada, como viria a suceder em 1939-1945, o paradigma das diferentes diplomacias europeias foi traçar os frios cenários do pós-guerra. </div>
<div style="text-align: justify;">
O desenho do Tratado de Versailles foi iniciado em 1914. Seria outro se a Alemanha tivesse ganhado. Mas isso é o outro lado da História, ou melhor, é outra história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>António Martins da Cruz, Comunicação in Colóquio “Portugal e a I Guerra Mundial”, 7 de outubro de 2014, Assembleia da República, Lisboa, pp. 9-15 (<a href="https://www.parlamento.pt/ArquivoDocumentacao/Documents/ColoquioPortIGM.pdf" target="_blank">fonte</a>)</b></div>
JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-8844137840652455522016-01-11T09:04:00.001-08:002016-01-11T09:04:48.114-08:00Congresso Internacional Portugal na Grande Guerra. Chamada de Comunicações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-VvRTsrrxshM/VpPgRI1XPQI/AAAAAAAAjLM/Ex2A1ztzATI/s1600/Logo_100anos_GG_800px.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="178" src="http://1.bp.blogspot.com/-VvRTsrrxshM/VpPgRI1XPQI/AAAAAAAAjLM/Ex2A1ztzATI/s320/Logo_100anos_GG_800px.png" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: large;">8, 9 e 10 de março de 2016 em Coimbra</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>«No ano em que se assinala o centenário da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, de </i><i>9 de março de 1916, importa estudar, refletir e debater as consequências da participação, na política </i><i>interna e externa, do Exército e da Marinha de Portugal no primeiro conflito militar à escala </i><i>mundial (1914 e 1918). A paz alcançada na Conferência de Versalhes em 1919 traduziu-se, no ano </i><i>seguinte, na criação da Sociedade das Nações e, consequentemente, na criação de uma nova ordem</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>internacional.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>É inserido no programa nacional da Evocação do Centenário da I Guerra Mundial que se</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>realiza nas instalações da Brigada de Intervenção, em Coimbra, o Congresso Internacional</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Portugal na Grande Guerra, a 8, 9 e 10 de março de 2016, uma organização conjunta do Centro</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra - CEIS20 e da Comissão</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Coordenadora da Evocação do Centenário da I Guerra Mundial que pretende fazer um balanço</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>científico e historiográfico em torno dos seguintes eixos temáticos:</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>1 - As campanhas militares em África</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>2 - A participação na guerra europeia</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>3 - A política externa portuguesa e a nova ordem internacional (...)»</i></div>
<br />
Toda a informação <a href="http://www.portugalgrandeguerra.defesa.pt/Paginas/Congresso_MAR2016.aspx" target="_blank">aqui</a>.JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-54531120902559748722014-09-17T08:28:00.003-07:002014-09-17T08:28:53.675-07:00"Memórias Esquecidas". Novo livro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_DTyJizLHls/VBmoJ5u0hcI/AAAAAAAAMok/ffH6zZt7qnc/s1600/1526947_617587901691844_4957558713803585901_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_DTyJizLHls/VBmoJ5u0hcI/AAAAAAAAMok/ffH6zZt7qnc/s1600/1526947_617587901691844_4957558713803585901_n.jpg" height="294" width="640" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-4813458065391850752014-08-19T11:19:00.000-07:002014-08-19T11:19:06.430-07:00A Grande Guerra e a Figueira da Foz. Uma exposição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JsXPCWl3nrU/U_OUy_wPj_I/AAAAAAAAMhU/cL6xiC_eE_c/s1600/10612641_653420658087188_5718491925623972528_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-JsXPCWl3nrU/U_OUy_wPj_I/AAAAAAAAMhU/cL6xiC_eE_c/s1600/10612641_653420658087188_5718491925623972528_n.jpg" height="640" width="454" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A Grande Guerra e a Figueira da Foz - Exposição de um pequeno espólio da Casa Havanesa com espécies fotográficas (e não só) relativas à época (1914-1918). Patente na Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás.</div>
JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-64827203327474415902014-08-01T15:13:00.003-07:002016-01-11T10:05:02.968-08:00Adriano Sousa Lopes, uma evocação<iframe src="http://rd3.videos.sapo.pt/playhtml?file=http://rd3.videos.sapo.pt/tcdadgEyvS3Aj6WNMcOz/mov/1" frameborder="0" scrolling="no" width="640" height="360" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen ></iframe>
<br />
<a href="http://www.dw.de/a-primeira-guerra-mundial-na-arte/av-17438452" target="_blank">Ainda a propósito da arte e da Grande Guerra</a>.JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-71926373963636313082014-07-31T16:32:00.001-07:002016-01-11T12:56:35.865-08:00Uma Guerra que o século XX português tudo fez para esquecer<div style="text-align: justify;">
A I Guerra Mundial não foi, definitivamente, uma gesta gloriosa para Portugal. A participação nacional nos vários palcos do conflito, em África ou na Europa, teve raros momentos de glória e regra geral saldou-se por um desastre. Seja nos campos de batalha, seja ao expor as fragilidades gritantes das nossas Forças Armadas, impreparadas e desorganizadas, sem dúvida afetadas pelo caótico clima político da I República, que só entre 1914 e 1919 nos deu nove governos nove. Em suma, foi literalmente para esquecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ewPYHEPVIqQ/U9rQC1mnBaI/AAAAAAAAMb4/78Jq9PVD49k/s1600/PUBLICIDADE-DO-FILME-JOAO-RATAO.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="640" src="http://2.bp.blogspot.com/-ewPYHEPVIqQ/U9rQC1mnBaI/AAAAAAAAMb4/78Jq9PVD49k/s1600/PUBLICIDADE-DO-FILME-JOAO-RATAO.jpg" width="451" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse esquecimento foi facilitado e prolongar-se-ia pelo Estado Novo, que durante quarenta anos tudo fez para não se falar muito no assunto. E assim (não) se fez: nem nos jornais, nem nas artes, nem na Academia, a palavra de ordem foi o silêncio. A narrativa oficial do regime era a glória do Império, a História Pátria era uma sucessão de heróis, conquistas e vitórias e na escola falava-se apenas por alto dos mártires das trincheiras (regra geral esquecendo-se África e glorificando o desaire do Corpo Expedicionário na Flandres), em diversas cidades foram erigidos monumentos aos mortos da Grande Guerra, empreitadas promovidas sobretudo por comissões de antigos combatentes, mas para todos os efeitos a nossa passagem por essa guerra foi remetida para o arquivo dos assuntos embaraçosos. E isto é particularmente evidente, por exemplo, no cinema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De facto, pelo que pudemos perceber, apenas um (1!) filme português do século XX aborda a presença portuguesa na I Guerra, e são apenas vinte minutos inseridos numa comédia romântica... Trata-se da longa metragem "João Ratão", de 1940, um filme de Jorge Brum do Canto, com António Silva, Óscar de Lemos e Maria Domingas nos papéis principais. Segundo informação da RTP, trata-se de uma <i>«comédia musical como raro exemplo da participação portuguesa na I Grande Guerra, única em representação ficcional. Para tal, foram construídos - nos estúdios da Tobis Portuguesa - um abrigo subterrâneo, uma trincheira e as linhas alemãs, por soldados do exército sob orientação de oficiais.»</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A descrição de José de Matos-Cruz: <i>«A partir de uma opereta, a história amorosa dum soldado português, João Ratão, que regressa da frente de batalha na Flandres, sendo envolvido em intrigas motivadas pela inveja, quanto a Vitória, uma rapariga do povo que namorara através de cartas escritas por outros... Evocação do patético cenário da guerra (1914-18), e a faina dos madeireiros, no deslumbrante Vale do Vouga.»</i> (<a href="http://www.cinept.ubi.pt/pt/filme/2466/Jo%C3%A3o+Rat%C3%A3o" target="_blank">fonte</a>)</div>
<br />
O filme está na íntegra no You Tube:<br />
<div>
<br /><iframe width="640" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/XEKaYMaW-Ng" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
</div>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-37530625507809188142014-07-30T19:39:00.002-07:002014-07-30T19:39:33.994-07:00Centenário. Evocação oficial em tom heróico<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="//www.youtube.com/embed/Ejd0jmzo3ws" width="640"></iframe>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-46453378415805752022014-07-30T17:05:00.000-07:002014-07-30T17:05:04.489-07:00A Grande Guerra e as Artes Plásticas. Exposição em Lisboa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-54TAz1FJw6E/U9mHsT7PAkI/AAAAAAAAMbg/FDzC4MojVsM/s1600/10492063_323655297801900_6713149800363205447_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-54TAz1FJw6E/U9mHsT7PAkI/AAAAAAAAMbg/FDzC4MojVsM/s1600/10492063_323655297801900_6713149800363205447_n.png" height="318" width="640" /></a></div>
<br />
<i>A assinalar o centenário da I Guerra Mundial (1914/18), a Biblioteca Museu República e Resistência inaugura em 28 de junho, pelas 16 horas, no Espaço Cidade Universitária, a exposição “Grande Guerra – 100 anos”.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Trata-se de uma mostra composta por obras alusivas a esta efeméride, executadas pelos artistas plásticos Adão Rodrigues, Barbara Lehmann, Bela Mestre, Dinaguiar, Domingos Oliveira, Luís Dias, Lurdes Cabral, Mário Silva, Óscar Alves e Pé Leve.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A mostra estará patente até 29 de agosto (...)</i><br />
<br />
<a href="http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/exposicao-grande-guerra-100-anos" target="_blank">Mais informação</a>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-62652141392125516612014-07-30T06:01:00.002-07:002014-07-30T06:01:45.521-07:00O Soldado Português na I Grande Guerra. Uma exposição na Guarda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tin9NB85mFk/U9jrbOb9O2I/AAAAAAAAMbI/-P2ONaqPGx0/s1600/1937449_927486053944499_5897965180381954575_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-tin9NB85mFk/U9jrbOb9O2I/AAAAAAAAMbI/-P2ONaqPGx0/s1600/1937449_927486053944499_5897965180381954575_n.jpg" height="420" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Exposição Fotográfica - "O Soldado Português na I Grande Guerra"</b><br />
<br />
<i>No ano do centenário do início da I Grande Guerra, o Museu da Guarda em colaboração com a Direção Central da Liga dos Combatentes e a Delegação da Guarda, apresentam a exposição "O Soldado Português na I Grande Guerra" .</i><br />
<i>Trata-se duma exposição de fotografias onde se podem observar as condições de vida e de combate dos nossos soldados, o equipamento utilizado e as consequências devastadoras dos combates.</i><br />
<i>Além das fotografias são apresentadas peças da coleção de militaria do Museu da Guarda como máscaras anti-gás, uniformes, armas e acessórios.</i><br />
<i>A exposição inaugura dia 17 julho pelas 18 horas e estará patente até final do mês de agosto</i>. (in nota de imprensa do Museu da Guarda 15-07-14)JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-72422448206700242632014-07-28T17:31:00.000-07:002014-07-28T17:31:10.240-07:00Mulheres na Guerra. Enfermeiras portuguesas nas trincheiras<iframe src="http://rd3.videos.sapo.pt/playhtml?file=http://rd3.videos.sapo.pt/izfGVOZ0CgLW5nKsKipk/mov/1&relatedVideos=none" frameborder="0" scrolling="no" width="640" height="360" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen ></iframe>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-41522537608693625922014-07-28T07:53:00.000-07:002014-07-30T19:43:26.834-07:00Sugestão de leitura. Uma excelentíssima reportagem histórica.<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-CYU4n2DAEX4/U9ZiwmyTkRI/AAAAAAAAMZ8/eHEALU7qENI/s1600/ph_desembarque2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-CYU4n2DAEX4/U9ZiwmyTkRI/AAAAAAAAMZ8/eHEALU7qENI/s1600/ph_desembarque2.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Expedição de 1917 - Desembarque <br />
em Mocimboa da Praia (Cabo Delgado)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A não perder, esta reportagem de Manuel Carvalho e Manuel Roberto para o jornal Público. Como já aqui referimos várias vezes, a participação mais dramática de Portugal na Grande Guerra terão sido, não os campos sangrentos da Flandres, mais próximos e mediatizados - com a Batalha de La Lys à cabeça de uma participação, em batalha, fugaz e desastrosa -, mas sim os vários palcos africanos, onde o conflito com a Alemanha foi mais intenso e duradouro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Norte de Moçambique e o sul de Angola, que confrontavam com territórios sob controle germânico, foram os principais cenários dessa campanha a todos os níveis - ou quase, se tivermos em conta que realmente conseguiram manter as fronteiras ultramarinas intactas...- também infeliz das Forças Armadas portuguesas, e que só recentemente começou a ser estudada e divulgada seriamente:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«<i>Na Grande Guerra de 1914-18, o exército português sofreu a sua maior derrota em África desde Alcácer Quibir. No Norte de Moçambique morreram mais soldados portugueses do que na Flandres. Não tanto pela razia das balas alemãs. Mais pela fome, pela sede, pela doença e pela incúria. Minada pela vergonha, a I Guerra em Moçambique acabou votada ao esquecimento. Não tinha lugar numa nação que até 1974 sonhava com um império ultramarino. Numa viagem de mais de 2500 quilómetros, o PÚBLICO foi à procura dessa guerra sem rosto. Os cemitérios dos soldados foram profanados ou são lixeiras, mas o milagre da tradição oral conservou as suas memórias até hoje.</i>». Continua aqui: <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-grande-guerra-que-portugal-quis-esquecer-1664212" target="_blank">A Grande Guerra que Portugal quis esquecer - Público</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.arqnet.pt/portal/portugal/grandeguerra/pgm_mocam04.html" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Fonte da Imagem</span></a></div>
JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-83036842725324059012014-07-27T14:48:00.001-07:002014-07-27T14:49:36.201-07:00Televisão pública assinala Centenário em grande<i>«Mais uma vez, a estação de serviço público assinala os momentos marcantes da história de Portugal e da Humanidade. No próximo dia 28, a RTP2 evoca o centenário da I Guerra Mundial com debates, documentários e concertos. Um canal com memória, ao lado dos momentos incontornáveis da história da Humanidade.(...)»</i>. <a href="http://www.rtp.pt/extra/index.php?article=496&visual=4">RTP no centenário da I Grande Guerra - EXTRA! - RTP</a>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-5958626102351371832014-07-18T13:48:00.001-07:002014-07-18T13:48:58.914-07:00"Até Nos Vermos Lá em Cima"<div style="text-align: justify;">
«<i>(...) Na minha adolescência li sobre a Primeira Guerra Mundial e essa guerra abalou-me, principalmente pelas suas imagens. É uma guerra de uma barbárie extrema, e o que mais me impressionou foi a juventude dos soldados franceses. Eu devia ter 17 anos e identifiquei-me com eles. Já adulto, e enquanto intelectual, o que me interessou foi perceber que esta guerra que me tinha tocado por razões psicoafectivas tinha também uma grande importância geopolítica. Era a Grande Guerra que fazia com que o século XIX acabasse em 1914 e que o século XX começasse a partir de 1918. Era a placa giratória entre dois séculos, entre dois países, a França antes da Guerra e a França do pós-Guerra, e entre duas concepções da Europa, a Europa imperial e a Europa moderna como a viríamos a conhecer. De facto, os dois interesses convergiram: o afectivo e literário e o político e social.</i>»: <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-primeira-guerra-mundial-atraves-do-retrovisor-1662959">A Primeira Guerra Mundial vista do retrovisor - PÚBLICO</a></div>
JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-89455672006635086022014-07-14T17:02:00.001-07:002014-07-14T17:02:43.051-07:00"O Gatilho". Novo livro de Tim Butcher<a href="http://www.ionline.pt/artigos/liv/gavrilo-princip-homem-deu-os-primeiros-tiros-da-grande-guerra/pag/-1">Gavrilo Princip. O homem que deu os primeiros tiros da Grande Guerra | iOnline</a>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-48472417604781340772014-07-05T08:31:00.000-07:002014-07-05T08:31:27.388-07:00Congresso "The Great War in África". 14 e 15 de Julho na Universidade Nova de Lisboa<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-9o51R14dYDA/U7gZszfrgnI/AAAAAAAAMUs/Bn_dof7iauk/s1600/1280px-Cameroonian_troops_in_World_War_I.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-9o51R14dYDA/U7gZszfrgnI/AAAAAAAAMUs/Bn_dof7iauk/s1600/1280px-Cameroonian_troops_in_World_War_I.jpg" height="215" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Soldados camaronenses na I Guerra (imagem New York Times, Co. - Library of Congress, Serials and Government Publications Division)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<i>«The Great War Africa Association and The International Network for the Study of the Great War in Africa are combining to host the 2014 conference on 14 and 15 July in Lisbon.</i><br />
<i>In recognition of the growing interest in the African theatres of the War, an interest which has spread across the globe and into various fields of study, the two organisations focusing on the Great War in Africa are continuing to facilitate the sharing of knowledge and information on the campaigns in Africa.</i><br />
<i>The conference aims at bringing together interested persons, both amateur and professional, to share and extend their knowledge of the war in Africa. The proceedings of the conference will be published.</i><br />
<i><br /></i>
<i>In particular, contributions will be sought from those working on:</i><br />
<i>-Military, political, social, economic or cultural themes around the campaigns</i><br />
<i>-The dispute of empires including the mobilisation and strategy of the European powers towards the war in Africa</i><br />
<i>-Heritage, including archival, archaeological, documentary and family history</i><br />
<i>-The impact of the campaign or aspects thereof, including representations of the campaign through time, memory studies, re-enactment, literature and film»</i><br />
<br />
<a href="http://www.ihc.fcsh.unl.pt/images/ENCONTROS%20CIENTIFICOS/GWAA%20Conf%202014%20Programme-2.pdf" target="_blank">Toda a informação aqui</a><br />
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-85931369615205814832014-06-28T13:47:00.000-07:002014-06-28T13:47:09.966-07:00Escola de Verão da Católica dedicada à I Guerra. De 1 a 4 de Julho em Lisboa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-BoT5t640tfo/U68pHjLZKjI/AAAAAAAAMRg/1oxtD9tzKIg/s1600/bbddf62f90810cd46f576e13c5c04d9b_XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-BoT5t640tfo/U68pHjLZKjI/AAAAAAAAMRg/1oxtD9tzKIg/s1600/bbddf62f90810cd46f576e13c5c04d9b_XL.jpg" height="640" width="450" /></a></div>
<br />
Inscrições até dia 30 de junho<br />
<a href="http://cefi.fch.lisboa.ucp.pt/images/site/Programa__Da_Grande_Guerra.pdf" target="_blank">Mais info</a><br />
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-9458011122751580452014-06-28T04:58:00.004-07:002014-06-28T04:58:58.049-07:0028 de junho de 1914. Sarajevo. O tiro de partida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8t_wedy0fss/U66t1_s10BI/AAAAAAAAMRA/jDEDvVVvqsw/s1600/Gavrilo_Princip_Being_Arrested.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-8t_wedy0fss/U66t1_s10BI/AAAAAAAAMRA/jDEDvVVvqsw/s1600/Gavrilo_Princip_Being_Arrested.jpg" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-4179090979356278542014-06-25T17:53:00.001-07:002014-06-25T17:53:55.127-07:00Fotos inéditas da frente oeste<a href="http://www.telegraph.co.uk/history/world-war-one/10925556/In-pictures-Never-before-seen-photographs-from-World-War-One-frontline.html">In pictures: Never before seen photographs from World War One frontline - Telegraph</a>JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-85124833071397527432014-06-16T11:15:00.001-07:002014-06-16T11:15:57.280-07:00As mulheres e a Grande Guerra. Uma conferência no Instituto de Ciências Sociais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-T0B2Eu_athI/U580InqYzII/AAAAAAAAMNQ/vRIvNIc1ktg/s1600/10458472_570729596377675_4023878467527332357_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-T0B2Eu_athI/U580InqYzII/AAAAAAAAMNQ/vRIvNIc1ktg/s1600/10458472_570729596377675_4023878467527332357_n.png" height="640" width="462" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-80273107217989410262014-06-12T09:53:00.000-07:002014-06-12T09:53:26.375-07:00«O Herói Português da I Guerra Mundial». Um lançamento. Uma biografia do "Soldado Milhões"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-KwzHEqxpLLc/U5naYTfFhyI/AAAAAAAAMNA/J8eamulwZ10/s1600/d4606612b66d3ba7265fbf545e90b06f_XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-KwzHEqxpLLc/U5naYTfFhyI/AAAAAAAAMNA/J8eamulwZ10/s1600/d4606612b66d3ba7265fbf545e90b06f_XL.jpg" height="310" width="640" /></a></div>
<br />
<a href="http://soldadomilhais.wordpress.com/2014/06/08/livro-em-pre-venda-na-bertrand-pt-fnac-pt-e-wook-pt/" target="_blank">Mais informação</a><br />
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5324700279612219380.post-81061809820396563402014-06-11T10:20:00.002-07:002014-06-11T10:20:35.965-07:00Os Espaços em Volta da Guerra. Um debate na Casa Fernando Pessoa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-WcpBuSNpEcQ/U5iPWBuMayI/AAAAAAAAMMs/5MRFblsePY0/s1600/10344819_568164699967498_3590258825107793370_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-WcpBuSNpEcQ/U5iPWBuMayI/AAAAAAAAMMs/5MRFblsePY0/s1600/10344819_568164699967498_3590258825107793370_n.png" height="624" width="640" /></a></div>
<br />JPChttp://www.blogger.com/profile/14421784020873998332noreply@blogger.com0